Princesa do Solimões tem a quarta pior receita líquida da quarta divisão.

Até a sexta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, o Princesa do Solimões só acumulou prejuízos enquanto mandante. Mesmo na 16ª posição no ranking de média de público da competição, com 944 pagantes por jogo, o Tubarão tem a quarta pior receita líquida entre as 41 equipes participantes, acumulando um déficit de R$ 16.398,55 somando as três primeiras partidas em que fez no Estádio Ismael Benigno, a Colina.

Ainda sem o estádio Gilberto Mestrinho, em Manacapuru (a 68 quilômetros a oeste de Manaus), que tem previsão para concluir uma série de reformas somente em outubro, o clube adotou a Colina como nova casa, mas desde a estreia em Manaus, contra o Rio Branco-AC, dia 27 de julho, a torcida sequer chegou a preencher um quarto do estádio, que tem capacidade para receber 10 mil torcedores.

Com a arrecadação diminuindo a cada jogo e as despesas girando em torno de R$ 21 mil, o Princesa só não pagou mais caro que o São Raimundo-RR (R$ 16.942,32), Cabofriense (R$ 19.542,96) e Grêmio Barueri (R$ 36.035,78) para mandar os próprios jogos. Estas três equipes também ficaram entre as dez últimas da quarta divisão em média de público até o momento.

Até mesmo quando obteve o melhor público dos jogos envolvendo equipes do Grupo A1, ao levar 1.367 pagantes à Colina contra o Rio Branco, o representante amazonense na competição teve prejuízo de R$ 705,20 naquela ocasião. O clube acriano, por sua vez, acumula um lucro de R$ 8.114,65 se somadas as rendas líquidas das três partidas que realizou na capital acriana, no Estádio Arena da Floresta. Com uma média de público de 1.135,3, os acrianos contam com a regularidade da torcida para evitar os borderôs com números negativos.

Em contrapartida, por contar com um Campo Oficial de Treinamento (COT) padrão Fifa, o Princesa do Solimões tem como agravante nas despesas de um jogo o pagamento do quadro móvel, que nesta Série D tem custado, em média, R$ 6.350 aos cofres do clube. O pagamento de passagens aéreas para a arbitragem também pesa no borderô, levando em conta a situação geográfica da capital amazonense. Só com passagens e hospedagem de árbitros, o Princesa pagou R$ 14.557,48.

Como estratégia para cortar os prejuízos nas partidas, a diretoria do clube adotou a segunda redução no preço dos ingressos para o jogo deste sábado, contra o Genus. Na estreia, a entrada na Colina custava R$ 20. Os dirigentes aumentaram o valor para R$ 30 no jogo seguinte, mas o público de 666 pagantes rendeu um prejuízo ainda maior: R$6.037,52. Na terceira partida em casa, o ingresso voltou a custar R$ 20, porém os 799 pagantes não foram suficiente para sanar as despesas, a receita líquida negativou ainda mais, chegando a - R$ 9.655,83. 

Tradicionais ultrapassam R$ 100 mil em receita
Na atual edição da Série D, foi preciso uma rodada dupla em um estádio de Copa do Mundo para chegar ao maior público no ano, de 10.605 pagantes. O Operário-MT, que venceu o Tombense-MG por 1 a 0, na Arena Pantanal, no dia 3 de agosto, teve a ajuda da torcida do Cuiabá, que enfrentou o CRB, logo em seguida, mas pela Série C. Os mato-grossenses dividiram a receita líquida de R$ 1.711,38.

Em se tratando de lucro,o River-PI (R$ 139.920,74), o Remo (R$ 108.682,54) e o Anapolina (R$ 100.079,10) são os principais responsáveis por tornar o saldo de receita líquida da Série D positivo, em R$ 452.089,31. E esses três clubes sequer estão entre os três primeiros colocados no ranking de média de público da competição.

Com média de 7.590 torcedores pagantes por jogo, Central-PE é quem tem levado o público ao estádio com a melhor regularidade, mas está em quarto lugar quando o assunto é fazer dinheiro com os jogos na Série D. Usuário do mesmo estádio que o do Central, o Luiz Lacerda, em Caruaru-PE, o Porto, dono da melhor campanha na competição (86% de aproveitamento), tem a terceira melhor média de público e é o quinto em receita (R$ 92.265,27).

Fonte: d24am.com

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