Marcos Piter abre o jogo: “Comigo seria diferente”, sobre o Princesa na D.

A eliminação precoce e inesperada do Princesa do Solimões da Série D do Campeonato Brasileiro ecoou e continua ecoando negativamente entre torcedores e pessoas de forte ligação com o time manacapuruense. 

O GloboEsporte.com foi atrás do maior responsável pelos últimos êxitos do Tubarão do Norte, Marquinhos Piter, para saber qual sua impressão sobre o tropeço princesiano no torneio nacional, quando foi eliminado na primeira fase.

- Olha, desde quando eu fui mandado embora não acompanhei muito os jogos, não sabia o que estava se passando no clube, mas sempre buscava me informar das partidas e da situação do time na Série D. E devo confessar que eu fiquei muito triste. Mas não somente eu fiquei assim como os torcedores aqui do município, pois acreditávamos na nossa classificação. Eu avalio negativamente a saída do Princesa porque o time não classificou. Inclusive, achávamos que o Princesa seria o primeiro da chave. Então, para mim, a desclassificação foi inacreditável. Eu fiquei muito triste - citou.

Apesar da sua pouca experiência como treinador, fator questionado, inclusive, pela diretoria do Tubarão, Marquinhos Piter, com os seus 40 nos, tem toda a tarimba para emitir qualquer opinião sobre o time do Princesa, porque foi exatamente ele que em apenas dois anos no clube conquistou as últimas glórias para o interior do Amazonas.

Desde quando assumiu o time em dezembro de 2013 até o término de seu ciclo, em junho de 2014, Marquinhos se mostrou competente. Pois neste intervalo ele simplesmente chegou 6 vezes em finais do Amazonense. Seu histórico aponta o título de campeão do 1º turno da Taça Estado do Amazonas sobre o Fast Clube, título de campeão Amazonense sobre o Nacional; bicampeão do 1º turno sobre o Fast e vice-campeão Amazonense, sendo derrotado pelo Nacional.

Sem contar com a qualificação do Tubarão para disputar uma Copa do Brasil, onde eliminou o Brasiliense e enfrentou de igual para igual o Santos, do técnico Osvaldo de Oliveira e que fez questão de elogiar o trabalho de Marquinhos Piter.

O ex-treinador do Princesa confessou que se a diretoria seguisse confiando no trabalho que vinha sendo feito com os jogadores manacapuruenses, o fim do representante local na Quarta Divisão teria sido outro.

- Os torcedores me param na rua e ficam pedindo a minha volta. E isso me deixa muito contente. Porém, eu esperava que a diretoria pudesse ter visto isso. Mas não foi o que aconteceu. Minha resposta foi o meu silêncio. Pois eu percebi quando eles me mandaram embora elas achavam que eu seria o culpado pela eliminação. Então, está ai. Eu garanto que com o time que nós tínhamos a gente ia muito mais longe. Comigo seria diferente. Primeiro que a gente já tinha uma base e eu estava e um momento bom, pois o Princesa jogava bem e bonito. Eles trouxeram um técnico que merece todo o meu respeito pelo trabalho que já fez e pelo pessoa que é. Contudo, ele trouxe alguns jogadores dele (Charles Guerreiro), mas ao fim do campeonato ele estava utilizando os jogadores que estavam em minhas mãos. Não estou falando mal do treinador. Entretanto, que fique como uma critica construtiva, pois os jogadores que ele trouxe foram todos embora. E o Princesa tinha uma forma de jogar . Eu acredito que eu iria fazer grandes jogos e pela maneira que eu conhecia o time acredito que nós classificaríamos -salientou.

O jovem técnico Marcos Piter concluiu que mesmo tendo sido mandado embora injustificavelmente não nutre rancor ou ódio dos diretores do Tubarão. E ainda manda uma recado.

- Eu amo a torcida de Manacapuru, eu amo o Princesa. Onde a torcida me encontra ela pede a minha volta, o meu retorno. E isso é muito bom. O reconhecimento ficou. Então, futebol profissional é coisa séria. Não é brincadeira. Tem que saber separar as coisas. As pessoas que erraram tem que saber reconhecer os erros. E eu sou profissional e tenho um carinho muito grande pelo Princesa e pelo município de Manacapuru. Estou me preparando e se a oportunidade voltar para comandar o Princesa estarei à disposição. Eu gostaria inclusive que a diretoria me falasse o que foi que eu fiz para que eles me tirassem da frente do Princesa. Mesmo eles não me dando uma satisfação plausível eu não tenho rancor e nem magoa da diretoria. E se eles me chamarem eu voltarei com o maior prazer – arrematou, emendando que mantém o foco nos estudos, buscando qualificar-se para o futuro à beira dos gramados. "Quero ir além do Amazonas".

Fonte: globoesporte.com

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