Nacional prega 'humildade' após vantagem reforçada para final do Estadual

Com a vitória por 1 a 0 sobre o Princesa do Solimões, pelo jogo de ida da final do Amazonense 2015, neste sábado, na Arena da Amazônia, em Manaus, o Nacional manteve o retrospecto de triunfos sobre o Tubarão, conquistado desde o título do Estadual do ano passado após goleada por 5 a 1 e reforçado este ano com três vitórias agora. Apesar da ‘freguesia’ do time de Manacapuru e a vantagem do Leão da Vila de perder por até um gol de diferença no jogo de volta, no próximo sábado (20), também na Arena, para faturar o 43º título, o técnico Aderbal Lana e os jogadores preferem evitar o ‘oba-oba’ e adotaram uma postura de humildade nos discursos pós-vitória.

“Não tem nada ganho, foi apenas um tempo da partida (pela decisão do Estadual). Espero que no segundo jogo possamos melhorar um pouco mais e definir esse campeonato. Nós tivemos um campeonato muito extenso. Hoje efetuamos a 21ª partida (do Amazonense deste ano), eu assumi essa equipe (na 4ª rodada) quando estava ‘morta’ em campo. Tive que trabalhar duas coisas importantes no time, o lado físico e outro o lado tático. Com isso, se trabalhou o lado emocional do atleta, porque o cansaço está começando a bater nesta final de campeonato e estamos muito preocupados”, comentou Lana.

Mesmo não admitindo a pressão do adversário nos minutos finais do segundo tempo da partida deste sábado, o treinador criticou a falta de visão de jogos dos seus subordinados. “Não é pressão, nós levamos o Princesa lá para dentro (do campo de defesa do Nacional). Num lance, o (Thiago) Marin pegou uma bola e o Andrezinho (lateral-esquerdo) passou por ter prioridade. Ele foi fazer um lançamento de bola e tomou nas costas e começou a pressão (do Princesa). Temos que ter um pouquinho mais de inteligência dentro de campo”, reclamou Lana.

Autor do gol da vitória do Leão, o zagueiro Maurício Leal descartou qualquer autoconfiança pelo resultado e garantiu que as cãibras sentidas perto do encerramento do jogo não foram reflexos do período de tratamento de uma lesão. “Precisa ter muita humildade e deixar para decidir dentro de campo, porque fora de campo as palavras não valerão de nada. Não joguei no sacrifício, fiz tratamento durante dez dias e só voltei por estar 100%. Se não estivesse bom, outro iria entrar e dar conta”, declarou Leal, que costuma fazer gols decisivos pelo Naça. “Às vezes tenho feito uns golzinhos. Graças a Deus fui abençoado com este gol, mas não tem nada garantido ainda. Temos que trabalhar muito, porque semana que vem é outra pedreira”, comentou.

O goleiro azulino, Rodrigo Ramos, alertou para os riscos de uma reviravolta do Tubarão. Nas semifinais do Estadual, o time de Manacapuru sofreu também uma derrota por 1 a 0 do Fast Clube e conseguiu reverter a mesma vantagem que atualmente beneficia o Nacional, com uma vitória por 2 a 0 na partida de volta.

“No segundo tempo, as equipes jogaram um pouco mais soltas. Tivemos algumas oportunidades e fizemos um gol, mas poderíamos ter marcado dois ou até o terceiro. Descuidamos e precisamos ter muita atenção do início ao fim do jogo para não dar essas brechas. Não podemos dar o mínimo de espaço para essa excelente equipe do Princesa. É um time muito aguerrido e como disse antes não tem nada decidido, fica para o segundo jogo. Pés no chão e humildade sempre. E encarar o último jogo sabendo que não tem margens para erros”, disse Ramos.

Já o atacante do Princesa, Léo Paraíba, manteve a esperança de outra reversão dentro de campo, como quando fez o segundo gol da vitória por 2 a 0 sobre o Fast nas semifinais. “Foi um jogo bastante difícil (a partida de ida da final). Não só para o Nacional, quanto para nós, mas temos que parar de sofrer gols de bola parada. Estamos cansados disso, jogamos tão bem para no final levar um gol assim. Abaixamos um pouco a cabeça com isso, mas não tem nada definido. Eles ganharam a primeira batalha, quem sabe ganhamos a segunda”, comentou.

Diogo Rocha / portal@d24am.com

Fonte: d24am.com

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